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A mortalidade de não-fumantes expostos à fumaça do tabaco / The Mortality of Non-smokers Exposed to Tobacco Smoke
By Keith R | September 4, 2008
Topics: Health Issues, Tobacco Control | No Comments »
Synopsis in English: Just before Brazil’s National Day to Combat Tobacco (29 August) the National Cancer Institute (INCA) released a study on “Mortality Attributable to Passive Smoking in the Brazilian Population.” The first study of its kind in Brazil and one of the first worldwide served as backdrop to the National Day’s theme this year, “100% Smoke-free Environments: A Right of All.”
The study was done by INCA and the Institute of Community Health Studies (IESC) of the Federal University of Rio de Janeiro (UFRJ). The study found that at least 2,655 nonsmokers involuntarily exposed to tobacco smoke (“passive smoking”) die every year in Brazil, an average of seven per day. Most of these deaths (60%) are women, whereas the majority of Brazilian smokers are men.
The number is considered comparable in scale to those found in studies done for England, Spain and New Zealand, but considerably lower than those for the US and most of Europe.
INCA stresses that this estimate may be conservative. The study did not consider exposure in workplaces or figures from rural areas (70% of Brazilian deaths in the base year for the study, 2003, occurred in urban areas). It also excluded former smokers, those under 35 years of age and deaths associated with a number of illnesses which might be linked to tobacco smoke (such as asthma, lower respiratory infections, etc.).
To obtain the estimate, the study only consider three principal illnesses associated with smoking: lung cancer, ischemic heart disease (such as heart attack) and stroke. The study only looked at nonsmokers 35 years or older who have lived with a smoker.
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Desde o Instituto Nacional de Câncer (INCA):
Pesquisa divulgada pelo INCA revela que tabagismo passivo mata
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) divulgou à imprensa, nesta sexta-feira, 22 de agosto, o estudo “Mortalidade atribuível ao tabagismo passivo na população brasileira”. A pesquisa, inédita no país e uma das primeiras no mundo, faz parte das ações comemorativas do Dia Nacional de Combate ao Fumo que este ano tem como tema “Ambientes 100% Livres de Fumo: um direito de todos”.
Realizado por pesquisadores do INCA e do Instituto de Estudos de Saúde Coletiva da UFRJ, o estudo, que teve como alvo a população urbana, revelou pela primeira vez números impressionantes: pelo menos 2.655 indivíduos não-fumantes expostos involuntariamente à fumaça do tabaco morrem a cada ano no Brasil, ou seja, sete pessoas por dia. A maioria das mortes ocorre entre mulheres (60,3%), já que há mais fumantes do sexo masculino.
A quantidade de vítimas, porém, pode ser ainda maior. “A pesquisa foi feita somente em ambientes domésticos de aglomerados urbanos. Se ela fosse estendida aos ambientes de trabalho, o número de mortes seria certamente mais expressivo”, alertou o diretor-geral do INCA, Luiz Antonio Santini.
Foram consideradas no estudo, para a obtenção do número e proporção de óbitos, apenas as três principais doenças relacionadas ao tabagismo passivo: câncer de pulmão, doenças isquêmicas do coração (como infarto) e acidentes vasculares cerebrais. Definiu-se como fumantes passivos as pessoas que nunca fumaram e que moravam com pelo menos um fumante no mesmo domicílio. A escolha de indivíduos na faixa etária de 35 anos ou mais para desenvolvimento da pesquisa foi justificada pela técnica e pesquisadora do INCA Valeska Figueiredo: “Os agravos que nós estudamos dependem de uma exposição cumulativa do indivíduo à fumaça do tabaco para se desenvolverem e ocorrem, portanto, em pessoas nessa idade.” A faixa etária que registrou maior ocorrência de óbitos, tanto em homens quanto em mulheres, foi de 65 anos ou mais. Não fizeram parte da população avaliada fumantes e ex-fumantes.
Para Santini, o principal objetivo da pesquisa é transmitir para a população evidências científicas que permitam abolir totalmente o fumo em ambientes fechados. “A lei hoje existente admite ainda a possibilidade de ambientes específicos para fumantes. Com este estudo, fica comprovado que a segregação de ambientes não tem significado”, esclareceu o diretor-geral.
O estudo divulgado pelo INCA servirá para acelerar a implementação da Convenção-Quadro, ratificada no Congresso em 2005, e que estabelece a adoção de uma série de medidas para o controle do tabagismo no país. “Para que este tratado seja implementado, é necessário gerar evidências científicas e produzir conhecimento para comprovar afirmações e sustentar nossas ações”, afirmou Santini.
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